Dados de pesquisa sinalizam a urgência de intervenções efetivas para melhorar a qualidade de vida dessa população.
Por Catarina Ingridy Pereira
Estagiária do Nujor
No mês de outubro o país celebra o dia da criança, mais especificamente, o dia 12, que coincide com a data de celebração de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
A data é promissora para se refletir sobre a situação de crianças e adolescentes, mas, não há muito a ser comemorado. No Brasil, ao menos 32 milhões de meninas e meninos (63% do total) vivem na pobreza, em suas múltiplas dimensões: renda, educação, trabalho infantil, moradia, água, saneamento e informação. É o que indica a pesquisa “As Múltiplas Dimensões da Pobreza na Infância e na Adolescência no Brasil“.
O estudo foi realizado pelo UNICEF, com apoio da Fundação Vale. Para analisar a pobreza multidimensional, foram utilizados dados oficiais, da Pnad Contínua, relacionados a sete dimensões: Renda, Educação, Trabalho Infantil, Moradia, Água, Saneamento e Informação
No estado, as crianças e adolescentes enfrentam uma série de desafios em relação aos direitos essenciais. De acordo com o mesmo estudo, a falta de acesso ao saneamento afeta 67,4% dos jovens, seguido pela privação de renda (46,4%), trabalho infantil (4,5%) e acesso à água (4,4%).
O quadro multidimensional de pobreza atinge um total de 83,4% das crianças no estado, mostrando a urgência de intervenções efetivas para melhorar a qualidade de vida dessa população.
Recentemente, crianças e adolescentes do setor Jardim Taquari compartilharam suas reivindicações através de um vídeo nas redes sociais, clamando por um melhor acesso a serviços essenciais. Além das demandas por melhoria, expressaram seus desejos por espaços de lazer, cultura, esporte e educação, querem ter acesso ao cinema, campos de futebol, shoppings, hospitais e faculdades. Atualmente, esses espaços estão centralizados e distantes do Jardim Taquari.
Fala aí criançada
Clarice, 14 anos, enfatiza: “Estádio Maracanã, um hospital público de Palmas, uma farmácia popular e uma faculdade poderiam muito bem estar aqui no Taquari e não estão.”
Emanuel, 12 anos, lista: “Um hospital, um cinema, um campo de futebol, uma escola, um parque e um shopping.”
Imagens do Grupo de WhatsApp Jornal do Taquari
Caroline, 12 anos, demanda: “Prédios, hospital, maternidade e um cinema.”
Luana, 13 anos, expressa seus desejos por meio de um desenho: “Fizemos esse desenho de um shopping porque queremos que exista um aqui no Taquari. E uma pracinha melhor!”
Revisão: Profa. Maria de Fátima Albuquerque Caracristi
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