Ocorrências de violações de direitos contra estudantes indígenas e negros intensificam ação do Núcleo de Pesquisa e Extensão IERE
Do CalangoPress
Entrevista de Karolinne Neres de Oliveira com a Coordenadora do IERE, Profa. Dra. Ana Lúcia Pereira
Na segunda feira, dia 26 de junho às 19h o auditório da reitoria do campus de Palmas, vai receber o procurador da República Álvaro Manzano que estará em audiência pública aberta entre professores, técnicos administrativos e estudantes para a tratar do tema de racismo institucional.
“A UFT precisa criar uma Câmara de Mediação de Conflitos”
Prof. Dra. Ana Lúcia Pereira, coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Extensão IERE – UFT
A conduta preconceituosa direcionada aos estudantes cotistas negras(os) e indígenas por parte de funcionários da UFT, entre estes, professores, técnicos administrativos tem resultado em problemas que estão relacionados ao “racismo institucional” como define a professora Dra. Ana Lúcia Pereira, coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Extensão IERE.
O Núcleo analisou dois processos em que foram violados direitos de um estudante indígena e um estudante quilombola. Além de ações que geram insatisfação e são apontadas como preconceituosas pela coordenadora do IERE. “Há vários problemas, por exemplo, os editais de bolsas e de auxílio para os estudantes indígenas e quilombolas precisam ter uma linguagem acessível para que todos possam concorrer em igualdade”.
“Os estudantes indígenas de cursos como medicina, as engenharias e o direito, escutam que não estão aptos para as disciplinas exigidas nos cursos, alguns reprovam até seis vezes a mesma disciplina, sem receber assistência para se adequarem aos conteúdos”, exemplifica a coordenadora do IERE.
A audiência pública tem como objetivo principal discutir o tema de “racismo institucional”, que é um conceito definido no ano de 1967, pelos ativistas do grupos Panteras Negras, Stokely Carmichael e Charles Hamilton e serve para especificar como se manifesta o racismo nas estruturas de organizações e instituições civis.
O tema da audiência pública também serve para relembrar que o Governo Federal no dia 21 de março, dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, lançou um pacote de medidas abrangentes pela igualdade racial, envolvendo diversos ministérios, entre os quais o da Educação.
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