TERTÚLIA PARA QUEM VÊ ALÉM DOS OLHOS

EVENTO QUE DEBATE SOBRE ACESSIBILIDADE É UMA PROMOÇÃO DA UFT EM PARCERIA COM O CAEE MÁRCIA DIAS

Do Calangopress

Amanhã, dia 12 de Dezembro, às 8h no Cine Cultura Palmas do Espaço Cultural, acontece a abertura do evento “Tertúlia para quem vê além dos olhos” e o I Colóquio sobre cegueira e acessibilidade” promovido pelo projeto de Inovação Pedagógica do curso de Jornalismo da UFT- Inovajor em parceria com o Centro de Atendimento Especializado (CAEE) Márcia Dias Costa Nunes.

O Colóquio tem o objetivo de discutir as políticas públicas sobre saúde e acessibilidade para PcDs (Pessoas com Deficiência) além de tratar dos problemas sobre mercado de trabalho, segurança e expansão da mobilidade nos espaços como transporte público, salas de teatro e cinema, e educacionais como universidades.

O evento conta com a parceria do Hospital de Olhos Yano, que vai aferir a medição da pressão ocular das pessoas,  e do Espaço Cultural que exibirá o filme “O Palhaço” de Selton Melo em audiodescrição.

DADOS IMPORTANTES SOBRE A CEGUEIRA NO BRASIL

A Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) reconhece que a cegueira e a deficiência visual estão relacionadas com a situação de pobreza das populações. Ainda informa que 80% dessas doenças oculares poderiam ser evitas, em cerca de 80% dos casos.

A cegueira é quase quatro vezes mais comum em pessoas pobres e analfabetas que vivem em áreas periféricas e rurais do que em bairros ricos. Para reduzir a cegueira e a deficiência visual, é preciso aumentar o acesso aos serviços de atenção oftalmológica, fortalecendo os serviços públicos nas áreas mais pobres de cada país.

Dados do Censo Demográfico do ano de 2010 disponibilizados pelo IBGE e cruzadas as variáveis cor/raça e deficiência denominada no banco como “características gerais da população, religião e deficiência”, apontam que 1,9% da população indígena apresenta algum dos tipos de deficiências investigadas, sendo que a maior incidência está no sexo feminino (1,10%). 

As deficiências visual e física apareceram mais no sexo feminino e as deficiências auditiva e mental/intelectual teve prevalência no sexo masculino. O que mostra a necessidade de elaborar censos demográficos específicos para mapear a situação da população indígena com deficiência no que se refere aos tipos de deficiências, acesso aos sistemas de saúde e educação.

Os dados acima foram motivadores para que o Projeto Inovajor realizasse um estudo buscando estabelecer um panorama de análise quantitativa da situação geral de alunas e alunos cegos da UFT, de maneira a respaldar as políticas de acessibilidade da instituição.

Pode-se considerar que de um universo de 514 alunos com várias deficiências entre as quais a auditiva, a intelectual, surdez e deficiências múltiplas, os estudantes com cegueira são 91 estudantes deste quantitativo.

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